Proibição aprovada
Deputado Júlio Campos defende o fim da distribuição de marmitas a moradores de rua.
Abilio anunciou sua pretensão de cortar o fornecimento de marmitas a moradores de rua na semana passada
Política

O deputado estadual Júlio Campos (União) durante um entrevista saiu em defesa da medida do prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), em proibir a distribuição de marmitas à população de rua da capital, alegando que o novo prefeito merece um voto de confiança. Ele falou com a imprensa nesta quarta-feira, 22 de janeiro.
“Essa ideia eu acho até muito válida. Creio que se ele tiver chances de criar em vários pontos da cidade, centros de acolhimento, de recuperação das pessoas drogadas, dos moradores de rua, seria de bom tamanho. Acho que ele merece um voto de confiança nesse sentido. Agora vamos ver se é possível que será também legalidade nessa atitude dele, dependendo da consulta ao Ministério Público e ao próprio poder judiciário”, disse Júlio.
O prefeito alega que, após as refeições, as marmitas são descartadas com restos de comida nas ruas da cidade, por vezes, nos arredores de onde essas mesmas pessoas dormem. O gestor pontua que esse cenário traz riscos de doenças aos próprios moradores de rua.
A proposta de Brunini é criar centros de acolhimento pela cidade, onde essas pessoas receberão, além das refeições, atendimento médico e psicológico, além de poderem fazer sua higiene pessoal. Uma das opções também é encaminhar esse público para fazer a refeição no Restaurante Popular.
A medida não foi bem recebida por lideranças políticas e o assunto virou pauta de veículos nacionais. Inclusive, o padre Júlio Lancellotti, conhecido por seu trabalho junto a moradores de rua de São Paulo, criticou a política de Abilio.

Política
Audiência pública no Rio debate criação de força municipal armada

A Câmara Municipal do Rio de Janeiro colocou em debate hoje (19) a proposta da prefeitura de criar uma força de segurança municipal armada. A audiência pública teve participação dos vereadores da casa, representantes do Poder Executivo e da Guarda Municipal (GM-Rio). A previsão é que a votação do projeto ocorra até junho.
A proposta encontra resistência por diferentes motivos. Um deles é a possibilidade de risco para a população com o aumento do efetivo armado nas ruas.
“A gente já tem a Polícia Militar. Essa cidade não precisa de Guarda Municipal com arma. A guarda precisa ser valorizada, ter salário digno em relação ao trabalho que cumpre. O prefeito deveria se preocupar mais com educação e saúde dessa cidade. Sabemos quem vai sofrer mais com o aumento das armas”, disse a vereadora Mônica Cunha (PSOL).
“Quando se fala sobre segurança armada e armamento letal, é preciso falar da possibilidade do aumento de mortes. E o aumento da arbitrariedade contra professores e camelôs que já sofrem com todos os dias nessa cidade. Nós vereadores precisamos ter compromisso com a vida. O executivo precisa apresentar quais protocolos para evitar o aumento de mortes da população e dos guardas”, disse a vereadora Maíra do MST (PT).
A prefeitura propõe renomear a Guarda Municipal para Força de Segurança Municipal (FSM), com ampliação das competências.
Na nova estrutura, haveria um grupamento de elite chamado de Força de Segurança Armada (FSA), que poderia fazer uso de arma de fogo para o policiamento ostensivo da cidade e receberia salário mensal de R$ 13,3 mil.
Segundo Thiago Ramos, coordenador especial do Gabinete do Prefeito, que esteve na audiência pública, o foco seria na prevenção de pequenos delitos. O porte de arma seria exclusivamente funcional, autorizado apenas em serviço. O grupo de elite teria caráter temporário. Seria composto por meio de processo seletivo, com prioridade para oficiais das Forças Armadas da reserva, e por membros da Guarda Municipal, mediante processo seletivo interno.
“A gente espera formar a primeira turma de agentes entre o final de 2025 e início de 2026. Com ciclos anuais semestrais de 600 agentes. Entre 2025 e 2028, seriam 4.200 agentes formados no total”, disse Thiago Ramos.
As alterações na estrutura da corporação foram apresentadas mediante o Projeto de Lei Complementar (PLC) 13/2025 e o Projeto de Emenda à Lei Orgânica (PELOM) 2/2025.
Parte da oposição ao governo de Eduardo Paes considera o projeto inconstitucional, por prever inconstitucional a contratação temporária de agentes de segurança. O vereador Rogério Amorim (PL), presidente da Comissão de Segurança Pública, defendeu que a falta de contingente policial e agravamento de violência não viabilizam contratação temporária.
“O próprio projeto mostra que não tem critério de urgência e excepcionalidade, uma vez que ele é contemplado em quatro anos. Não dá para fazer um concurso público em quatro anos? Ou vai ter que ser mantido na obscuridade de processos seletivos?”, disse o vereador.
A vereadora Talita Galhardo (PSDB) defendeu a qualificação e o armamento dos agentes que já estão na Guarda Municipal hoje.
“Uniforme, bala de borracha, spray de pimenta, balaclava não protegem a vida de ninguém. Qualquer leigo sabe disso. Porque não pega esse investimento e coloca nos sete mil que já estão trabalhando e protegendo o município? Não dá para inventar a roda. Junto com o Recife somos as únicas capitais a não ter a guarda municipal armada”, disse a vereadora.
Um grupo de guardas municipais protestou durante a audiência. Eles entendem que a corporação seria sucateada e desvalorizada em comparação com os que tivessem direito ao uso de arma de fogo, o que estaria em evidência com a diferença salarial proposta. Por isso, a defesa pelo direito ao armamento e a um maior soldo.
“Estamos preparados para exercer essa função. Servimos essa cidade”, disse Luis Jorge, representante da GM presente na audiência. “Nós precisamos da aprovação do armamento, não pode armar um grupo e não armar o outro”.
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