Segurança
Monitoramento por câmeras de segurança ajuda a reduzir crimes e melhora a vida de munícipes no interior de MT
Com 199 câmeras instaladas, o município se tornou referência na gestão da tecnologia de videomonitoramento
Polícia

As câmeras de segurança do Vigia Mais MT instaladas em Juína são acompanhadas no Ciosp em Cuiabá. Elas já ajudaram a reduzir a criminalidade e melhoraram a vida da população do município.
O programa de videomonitoramento do Governo de Mato Grosso, o Vigia Mais MT, já apresentou resultado positivo no município , onde os índices de criminalidade tiveram a redução de até 44% em 2024, em comparação com 2023. O município possui 199 câmeras, que foram instaladas no final de dezembro de 2023, aliando a tecnologia ao trabalho das forças policiais.
“A chegada das câmeras melhorou tudo. Esse projeto é uma benção na vida da população de Juína. As câmeras contribuem com o trabalho dos policiais e intimidam a ação dos criminosos. Também ajudam a solucionar crimes com a identificação e prisão de bandidos”, afirmou o vice-prefeito Geremias da Silva Lima, em exercício na função de prefeito.
Em Juína, as câmeras do Vigia Mais MT estão instaladas em pontos estratégicos de ruas, avenidas, praças e escolas reforçando as ações de segurança pública.
A parceria firmada com a Prefeitura Municipal, efetivada com assinatura de termo de cooperação, garantiu ao município a instalação de 115 câmeras de videomonitoramento de três modelos: fixas, speed domes e OCR’s. O acompanhamento das câmeras é feito em tempo real, no Centro Integrado de Operações de Cuiabá, pelos policiais que atuam no município e representantes da prefeitura devidamente autorizados pela Sesp.
Já a parceria com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) levou para Juína mais 84 câmeras similares, as quais monitoram áreas internas e vias do entorno das escolas estaduais.
Conforme o prefeito, até o trânsito da cidade melhorou com a chegada da vigilância eletrônica. “Mudou o comportamento dos motoristas e motociclistas, que passaram a circular nas ruas com menos velocidade”, afirmou Geremias.
Em Juína, a parceria da Prefeitura Municipal com o Conselho Comunitário de Segurança Pública reduziu os custos de instalação e manutenção dos equipamentos, tornando os serviços mais ágil e eficiente, segundo o gestor municipal. De acordo com o prefeito, além da instalação de 100% das câmeras, o modelo de gestão adotado agiliza os serviços impedindo a interrupção do videomonitoramento por questões simples, como falha no sinal de internet.
O secretário ajunto de Integração Operacional da Sesp, coronel Fernando Augustinho, destacou que o objetivo do Vigia Mais MT é levar mais segurança à população mato-grossense nos 142 municípios.
O coronel observou que estudos feitos antes da implantação do programa comprovaram a eficiência do emprego da tecnologia para redução dos índices criminais. “Foi buscando essa eficiência, alindo tecnologia às ações das forças policiais, que o governador Mauro Mendes decidiu pelo investimento em tecnologia”, destacou.
O coronel ainda observou que, sobre a instalação e manutenção das câmeras – responsabilidade que passa a ser dos municípios a partir da entrega dos equipamentos -, o sistema adotado por Juína se mostrou eficiente e passou a ser referência para as prefeituras e outras instituições que estão instalando ou aderindo ao Vigia Mais.

Polícia
Levantamento avalia efetividade da ADPF 635 em operações na Maré

Sessenta e três denúncias de violações de direitos durante operações na Maré apenas em 2024, além de 93 de invasão de domicílio. Esses e outros números estão presentes no boletim “Direito à Segurança Pública na Maré: De Olho na ADPF 635”, apresentado nesta sexta-feira (21) pela organização Redes da Maré.
O levantamento avalia a efetividade das medidas determinadas pelo STF no contexto da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 635, mais conhecida como ADPF das Favelas. A votação está prevista para a próxima quarta-feira (26).
O instrumento prevê uma série de medidas relacionadas às operações policiais, entre elas o uso de câmeras com dispositivo de gravação de áudio e a presença de ambulâncias e socorristas durante as ações dos agentes de segurança.
Também está em análise o respeito ao perímetro escolar durante as operações, restrição do uso de helicópteros como plataforma de tiros, obrigatoriedade da realização de perícias em casos de morte e adoção de um plano para redução da letalidade policial.
Mas, apesar das orientações previstas, de acordo com o boletim Direito à Segurança Pública na Maré, o que se vê na prática é que muitas recomendações do STF não estão sendo seguidas.
O levantamento aponta, por exemplo, que, em 2025, foram 42 dias de operações policiais no local, número seis vezes maior que as operações em 2021. Cerca de 90% delas ocorreram próximas a unidades de saúde, o que impactou diretamente nos serviços prestados à população. Além disso, 88% das ações ocorreram em imediações de escolas, com suspensão de aulas que afetaram mais de sete mil alunos. Embora a ADPF preveja utilização de câmeras corporais, em apenas 26 operações foram observadas a presença desses equipamentos.
Eliana Sousa Silva, diretora da Redes da Maré, resume o cenário:
“A gente vê que o uso de câmeras, ter ambulância, o policial estar identificado não virou ainda uma prática, infelizmente, das polícias aqui do Rio de Janeiro”.
Tainá Alvarenga, coordenadora da Redes da Maré, enfatiza os objetivos da ADPF:
“É importante para tentar normatizar as ações policiais, que, ao contrário do que vem sendo veiculado, de que a ADPF proíbe as operações, na verdade, o que a ADPF prega é que essas ações, essas operações, sejam feitas a partir de parâmetros normativos”.
Outro dado alarmante trazido pelo boletim refere-se às perícias em cenas de mortes. Dos 20 óbitos ocorridos em operações policiais, apenas quatro tiveram perícia de local. Em 17 casos, houve indícios de execução, conforme relatos de moradores e evidências coletadas por familiares das vítimas.
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