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Parcerias estratégicas expandem mercados

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Por Mário Quirino*

Em 2024 o Brasil registrou um recorde histórico de 2.273 pedidos de recuperação judicial, superando os números observados durante a pandemia. Este aumento de 61,8% em relação a 2023 reflete os desafios enfrentados pelas empresas no atual cenário econômico.

Para mitigar esses riscos é essencial que os empresários adotem estratégias proativas. Parece clichê, mas a *humildade* é uma delas, afinal é preciso reconhecer a necessidade de ajuda.

Diversos empresários relutam em buscar auxílio externo, acreditando que o conhecimento que os trouxe até aqui será suficiente para os desafios futuros. No entanto, em um mundo cada vez mais BANI (frágil, ansioso, não linear e incompreensível), a única certeza é a mudança constante. Por exemplo, o ChatGPT, que inicialmente se destacou como uma ferramenta de inteligência artificial única, agora enfrenta concorrência de diversas alternativas mais acessíveis. Reconhecer a necessidade de adaptação e buscar consultoria especializada pode ser crucial para a sobrevivência empresarial.

Entender que o aprendizado é contínuo é outra forma de se manter no mercado. Após concluírem a formação acadêmica, alguns empresários cessam suas atividades de aprendizado formal. Contudo, o mercado está em constante evolução, exigindo atualização constante. Participar de cursos de educação continuada, workshops e seminários pode proporcionar insights valiosos.

Estabelecer parcerias estratégicas também é uma tática eficiente para proteger seu empreendimento. Grandes empresários não veem apenas concorrência, mas enxergam oportunidades na colaboração. Formar parcerias pode facilitar a entrada em mercados específicos e a complementação de competências. Alianças estratégicas podem permitir o compartilhamento de recursos, conhecimentos e fortalecer a posição das organizações parceiras no mercado.

Focar na gestão financeira também é vital para a manutenção da saúde dos negócios. Muitos pequenos empreendedores desconhecem seus custos operacionais, o que pode levar a decisões equivocadas. Ferramentas de controle financeiro, como softwares de gestão, podem auxiliar no monitoramento de despesas e receitas. Além disso, contar com a assessoria de profissionais de contabilidade pode proporcionar uma visão clara da saúde financeira do negócio, permitindo ajustes necessários antes que a situação se torne crítica.

Adotar essas estratégias pode ser determinante para a sustentabilidade e o crescimento das empresas em um ambiente econômico desafiador.

Parcerias estratégicas são uma forma inteligente de expandir mercados e fortalecer marcas. A união das marcas Havaianas e Gucci é um ótimo exemplo. Uma colaboração entre a empresa Havaianas, conhecida por suas sandálias acessíveis e populares e a Gucci, marca de luxo italiana, elevou o status da Havaianas permitindo que ela entrasse no mercado de alta moda, enquanto a Gucci trouxe um toque mais casual e descontraído para seu público.

Outra cooperação empresarial de sucesso foi firmada entre o McDonald’s e a Nutella, para a criação de sobremesas e lanches exclusivos, unindo o prestígio da marca de creme de avelã com a popularidade do McDonald’s. Isso gerou novos produtos altamente desejados, resultando em aumento das vendas para ambas.

Lição para Pequenos e Médios Empresários

Nem todo acordo precisa ser feito somente entre gigantes comerciais. Pequenos e médios empresários podem estabelecer parcerias estratégicas e compartilhar público-alvo. Uma academia pode se associar a uma loja de suplementos. Uma confeitaria pode fazer doces exclusivos para um café local. Empresas de delivery podem compartilhar logística com restaurantes. Ou seja, parcerias inteligentes permitem crescer sem precisar reinventar a roda!

*Mário Quirino é especialista em Desenvolvimento Humano e Diretor Executivo do BNI Brasil em Mato Grosso.



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A Mensagem Longa Funciona?

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No universo das redes sociais, onde a atenção do público é um bem cada vez mais escasso, surge uma pergunta frequente entre profissionais de marketing, políticos e gestores de conteúdo: A mensagem longa funciona? A resposta é sim, mas com ressalvas importantes. Funciona quando o conteúdo é relevante.

 

O Conteúdo Relevante é o Rei

 

Em um mundo dominado por vídeos curtos e mensagens rápidas, como os do TikTok ou Reels do Instagram, pode parecer contraproducente investir em conteúdos longos. No entanto, a chave está na relevância. Um estudo realizado pela HubSpot em 2023 mostrou que, embora vídeos curtos tenham maior taxa de engajamento inicial, conteúdos longos (como vídeos de 10 a 15 minutos) geram maior retenção e conversão quando abordam temas profundos e de interesse específico do público.

 

Um exemplo internacional é o sucesso do canal Veritasium no YouTube, que explora temas científicos complexos em vídeos longos, muitas vezes ultrapassando 20 minutos. O canal possui milhões de visualizações e um engajamento altíssimo, provando que, quando o conteúdo é relevante, o público está disposto a dedicar seu tempo.

 

No Brasil, podemos citar o caso do Porta dos Fundos, que alterna entre esquetes curtas e vídeos mais longos, dependendo da complexidade do tema. Quando o assunto exige profundidade, como em críticas sociais ou políticas, os vídeos longos são tão bem recebidos quanto os curtos. Estive recente mente conversando com o oncologista Rogerio Leite que é líder nesse segmento no Youtube e o mesmo me confirmou que depois de muitas experimentações e testes hoje o que da mais conversão é o vídeo longo.

 

O Papel dos Algoritmos

 

Os algoritmos das redes sociais são frequentemente apontados como inimigos dos conteúdos longos, mas isso não é totalmente verdade. Plataformas como o YouTube e o Facebook priorizam o tempo de permanência do usuário. Ou seja, se um vídeo longo mantém o espectador engajado, ele será impulsionado pelo algoritmo, independentemente de sua duração.

 

Já no Instagram e no TikTok, onde o foco é no engajamento rápido, vídeos longos podem ser menos eficazes, a menos que sejam extremamente cativantes desde os primeiros segundos. Aqui entra a importância do *hook* aquela introdução impactante que prende a atenção do espectador e o convence a continuar assistindo.

 

Autoridade

 

Outro fator crucial é o porta-voz. Um conteúdo longo só funciona se quem o apresenta tiver credibilidade e conexão com o público. Por exemplo, um político discutindo políticas públicas complexas pode usar vídeos longos para explicar suas propostas, desde que já tenha estabelecido uma relação de confiança com seus eleitores. Caso contrário, o tiro pode sair pela culatra.

 

Um exemplo internacional é o ex-presidente Barack Obama, que utiliza vídeos longos para discutir temas como mudanças climáticas e reformas sociais. Sua autoridade e carisma permitem que ele mantenha a atenção do público mesmo em formatos mais extensos. Outro exemplo é do ex-presidente Bolsonaro e da Deputada Janaina Riva, ambos convertem muito bem seus materiais.

 

Quando o Curto é Melhor

 

É importante ressaltar que, na maioria dos casos, vídeos curtos ainda são a melhor opção. Eles são mais fáceis de consumir, compartilhar e engajar. Plataformas como o TikTok e o Instagram Reels são prova disso, com bilhões de visualizações diárias em conteúdos de menos de 60 segundos.

 

No entanto, quando o assunto exige profundidade e o público está disposto a consumir informações detalhadas, o vídeo longo pode ser uma ferramenta poderosa. A chave é saber quando e como usá-lo. Mais uma coisa que ajuda e muito, vídeo com legenda e sempre na posição vertical.

 

Contrapontos e Reflexões

 

É válido mencionar que nem todos os especialistas concordam com essa visão. Alguns argumentam que, em um mundo de atenção fragmentada, investir em conteúdos longos é arriscado e pouco eficiente. Um estudo da Sprout Social em 2022 mostrou que 65% dos usuários preferem conteúdos curtos e diretos, especialmente em plataformas como Twitter e Instagram.

 

Além disso, a inteligência artificial usada pelas redes sociais está cada vez mais focada em personalização. Isso significa que, mesmo que um vídeo longo seja relevante, ele pode não alcançar o público certo se o algoritmo não identificar um interesse prévio no tema.

 

Equilíbrio e Estratégia

 

Em resumo, a mensagem longa funciona, mas não é uma solução universal. Ela deve ser usada com estratégia, considerando o público-alvo, a plataforma e o momento certo. Vídeos curtos continuam sendo a melhor opção para engajamento rápido, mas quando o conteúdo é relevante e o porta-voz é convincente, um vídeo longo pode gerar um impacto profundo e duradouro.

 

Como consultor político e especialista em marketing eleitoral, recomendo que políticos e marcas invistam em uma abordagem equilibrada, combinando conteúdos curtos para engajamento inicial e conteúdos longos para aprofundar a conexão com o público. Afinal, nas redes sociais, como na política, a chave do sucesso está em saber adaptar a mensagem ao contexto e ao público.

 

Cláudio Cordeiro é consultor político, especialista em marketing eleitoral e CEO da Agência Gonçalves Cordeiro. Jornalista e Advogado. Com mais de 30 anos de experiência, já auxiliou inúmeros candidatos e marcas a conquistarem seu espaço no cenário digital.



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