decadência
Renegociação com estados pode ter impacto de R$ 106 bi no pior cenário
Os estados têm até 31 de dezembro para aderir ao Propag. A lei permite que os entes paguem esses débitos em até 30 anos
Economia

Sancionado na última semana, o programa especial de renegociação da dívida dos estados gerará, no pior cenário, impacto negativo de até R$ 105,9 bilhões de 2025 a 2029 para a dívida do governo federal. No melhor cenário, a União arrecadará até R$ 5,5 bilhões no mesmo período.
As estimativas foram divulgadas nesta terça-feira (21) pelo Tesouro Nacional. No cenário negativo, o Tesouro considera que os estados não transferirão ativos (como empresas estatais locais) para a União e o saldo devedor seja corrigido por juros reais (acima da inflação) de 2% ao ano.
No cenário mais favorável, além da transferência de ativos à União, prevista no programa especial, os estados poderão amortizar a dívida nos cinco primeiros anos. Nesse caso, o Tesouro considerou que o saldo devedor poderá ser reduzido em até 20% com juros reais de 0%. Para que o impacto seja positivo, os estados deverão transferir mais que R$ 160 bilhões em ativos ao governo federal, hipótese considerada otimista pelo Tesouro.
Os dois cenários, admitiu o Tesouro em nota técnica, são extremos. Na prática, os estados devem optar por diversas combinações entre as possibilidades oferecidas pelo Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag), o que torna inviável o cálculo de todas as situações possíveis.
“Para os estados que aderirem ao programa, há vantagens substanciais ao reduzir os fluxos de pagamentos e equilibrar suas contas públicas no médio e no longo prazo. Além dos ganhos mencionados, há vantagens diretas para a sociedade, no que diz respeito à criação de novos investimentos em áreas essenciais, como ensino profissionalizante articulado ao ensino médio, saneamento, habitação, políticas ambientais, transporte e segurança pública”, destacou o Tesouro no documento.
Os estados têm até 31 de dezembro para aderir ao Propag. A lei permite que os entes paguem esses débitos em até 30 anos e com juros de 0% a 2% ao ano acima da inflação. A dívida poderá ser parcialmente abatida conforme a entrega de ativos ao governo federal, compromissos com investimentos assumidos e aportes no Fundo de Equalização Federativa, por meio do qual os estados em situação fiscal ruim compensarão os estados com boa situação fiscal.
Em todos os casos, esclarece o Tesouro, não haverá impacto sobre as metas de resultado primário (resultado das contas do governo sem os juros da dívida pública). O impacto sobre as contas da União será financeiro, com efeitos na dívida pública e sem interferência nos Orçamentos anuais do governo.
Ao sancionar a lei, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou medidas que poderiam gerar impactos sobre o resultado primário. No entanto, governadores de oposição pressionam para a derrubada dos vetos no Congresso, que requer votos de pelo menos dois terços dos deputados e dos senadores.

Economia
Dólar sobe para R$ 5,71 com piora de ambiente no exterior

Em meio à piora do ambiente externo, o dólar voltou a fechar acima de R$ 5,70, mas fechou a semana em queda. A bolsa de valores subiu e avançou mais de 2,5% na semana.
O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (21) vendido a R$ 5,717, com alta de R$ 0,041 (+0,73%). A cotação subiu durante todo o dia. Na máxima da sessão, por volta das 12h, chegou a R$ 5,73.
Mesmo com a alta de hoje, a moeda norte-americana fechou a semana com queda de 0,45%. Essa foi a terceira semana seguida de baixa do dólar. Em 2025, a divisa cai 7,49%.
O mercado de ações teve um dia menos tenso. O índice Ibovespa, da B3, recuperou-se da queda de quinta-feira (20) e fechou aos 132.345 pontos, com alta de 0,3%. O indicador ganhou 2,63% na semana, impulsionado pela entrada de capital estrangeiro.
>>Brasil avalia recorrer à OMC contra tarifa dos EUA ao aço e alumínio
Em todo o planeta, o dólar subiu com a proximidade da entrada em vigor das tarifas recíprocas dos Estados Unidos sobre produtos de diversos países, prevista para 2 de abril. As bolsas norte-americanas fecharam estáveis nesta sexta-feira. Apenas o índice Nasdaq, das empresas de tecnologia, subiu 0,52%.
*Com informações da Reuters
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