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NOVEMBRO AZUL

“Dor na coluna também é um dos sintomas de câncer de próstata”, alerta especialista

O câncer de próstata é o tipo de câncer mais estimado entre os homens em Mato Grosso, representando 57,7% dos casos

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Saúde

Foto: Assessoria

O mês de novembro é marcado pela campanha Novembro Azul, dedicada à conscientização e prevenção do câncer de próstata, o segundo tipo mais comum entre os homens no Brasil. Durante este período, a importância de diagnosticar a doença precocemente é destacada, já que, quando tratada em estágios iniciais, as chances de cura são muito maiores. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de próstata é o tipo de câncer mais estimado entre os homens em Mato Grosso, representando 57,7% dos casos novos.

A doença acomete principalmente os homens com idade entre 45 e 50 anos e se não tratada a tempo, pode levar o paciente a óbito. Os exames para diagnóstico e orientações para o tratamento são realizados por médicos urologistas. No entanto, o médico ortopedista e cirurgião de coluna vertebral, Fábio Mendonça, faz um alerta importante quanto a um dos sintomas iniciais que não deve ser descartado: a dor na coluna.

Segundo ele, este tipo de câncer é silencioso, não raro e o fator genético também pode interferir para que pessoas de uma mesma família tenham o diagnóstico. Embora o câncer de próstata em estágios iniciais possa não apresentar sintomas evidentes, a detecção precoce através de exames regulares, como o toque retal e o exame de PSA (antígeno prostático específico), pode salvar vidas.

“Na minha área [coluna], é bem comum pacientes com dor nas costas, que não melhoram e que pode ser um sinal de câncer de próstata. Devido à proximidade da circulação, entre a próstata e a coluna, células cancerígenas podem se disseminar e se alojar na coluna levando a metástase. É muito comum um homem ter o tumor na próstata e nem saber que tem”, explicou o médico, que também é presidente do presidente do Grupo Hospitalar HBento.

Paciente com dor lombar, intensa, que não melhora com analgesia, e sente piora com atividade física, também pode ser um sinal da doença.

“O tumor às vezes pode estar lá há um tempo e somente depois que a célula do câncer entra nas vértebras do osso da coluna, começa a crescer dentro da coluna do paciente, gerando dor. À medida que o tumor cresce, causa compressão do nervo ciático e a pessoa até pensa que é hérnia de disco, descartando ser um problema grave. Já descobrimos casos de pacientes que estavam com o câncer de próstata durante a ressonância na coluna”.

A prevenção e o diagnóstico precoce devem ser os principais aliados na busca pela cura.

“Esta é uma doença especificamente masculina, mas sabemos que os homens são um pouco resistentes quanto ao autocuidado. Este alerta e mobilização para que se cuidem é um trabalho que pode ser feito pelos, filhos, parceiras, colegas”, concluiu o médico.

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Saúde

Sociedade pediátrica é contra projeto que dificulta aborto legal

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A Sociedade Brasileira de Pediatria manifestou em uma nota pública “grande preocupação” com o Projeto de Decreto Legislativo 3/2025, aprovado na Câmara dos Deputados, que suspende uma resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) sobre o atendimento às vítimas de violência sexual. A resolução prevê o aborto decorrente de estupro, previsto em lei desde 1940.

Na nota, a entidade se posiciona contra a aprovação do projeto e defende que as discussões sobre o tema sejam ampliadas.

A sociedade médica diz ainda que a resolução do Conanda “não altera as hipóteses legais de interrupção da gestação, mas busca garantir acolhimento humanizado, proteção integral e atendimento célere, conforme os princípios do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e da Constituição Federal”.

A entidade faz um apelo aos senadores, que ainda irão votar o projeto, para que ouçam especialistas, profissionais de saúde, famílias e representantes da sociedade civil antes de qualquer decisão.

“A vida, a saúde e a dignidade de crianças e adolescentes devem estar no centro das discussões e das políticas públicas, considerando que as inequidades aumentam as vulnerabilidades de grupos de adolescentes sob risco de violência sexual, em diferentes contextos de suas vidas. Não podemos aceitar o retrocesso representado pelo cerceamento dos direitos de adolescentes que mais sofrem com essas desigualdades, motivo pelo qual reafirmamos nossa luta pela preservação dos princípios do ECA”, conclui a nota. 

Resolução

A resolução do Conanda prevê que uma vítima de estupro ou estupro de vulnerável que tenha engravidado em decorrência da violência não precisa apresentar boletim de ocorrência nem decisão judicial para ter direito ao aborto legal. A resolução orienta também que os casos de violência sexual só precisam ser notificados, com a identificação da vítima, ao Conselho Tutelar, a quem cabe procurar o sistema de Justiça, salvo exceções específicas.

Ainda de acordo com as disposições do texto, a criança ou adolescente vitima deve ser adequadamente informada sobre seus direitos, e sua vontade expressa deve ser priorizada, em casos de divergência com os pais ou representantes legais.

Os deputados favoráveis ao projeto de lei alegam que essas orientações extrapolam a função do Conanda.

Em entrevista à Agência Brasil, a vice-presidente do Conselho, Marina de Pol Poniwas, que assina a resolução, afirmou que todos os itens do documento estão de acordo com a legislação vigente. Segundo ela, o objetivo da resolução foi reforçar as orientações para todos os entes do sistema de atendimento às vítimas, para combater “barreiras ilegais” impostas as crianças e adolescentes que buscam atendimento. 



Fonte: EBC

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