CARTA MAGNA
Ministros do STF celebram 35 Anos da Constituição de MT em seminário liderado por Botelho
Comemoração na ALMT é marcada por reflexões sobre democracia, justiça, entre outros
Política

O Plenário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) foi palco da cerimônia em comemoração aos 35 anos da Constituição Estadual, realizada hoje (18). O presidente da ALMT, deputado Eduardo Botelho, recebeu diversas autoridades e destacou a importância da Carta Constitucional. Estiveram presentes os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF): Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Flávio Dino, além do governador Mauro Mendes, secretários de Estado e deputados. Os ministros foram homenageados com títulos de Cidadão Mato-grossense, e Gilmar Mendes recebeu a Comenda Cândido Rondon.
Ministros e o ex-deputado José Lacerda discorreram sobre temas como: História e Evolução da Constituição do Estado de Mato Grosso; Direitos Fundamentais e o STF: Proteção e Efetividade; O STF e a Crise da Democracia: Reflexões e Respostas e O STF e a Proteção do Meio Ambiente: Entre a Constituição e a Sustentabilidade.
Botelho destacou a importância da Constituição, dizendo: “Hoje, celebramos um momento sublime em nossa história. Esta Constituição não é apenas um conjunto de leis, é um legado construído por aqueles que lutaram por um Brasil mais justo.” Ele também elogiou a “Constituição Cidadã”, que em 1988 trouxe direitos inegociáveis, e lembrou as palavras de Ulysses Guimarães sobre a necessidade de respeitar a Constituição, mesmo diante de discordâncias.
Constituição Cidadã
A Carta Constitucional foi promulgada em 5 de outubro de 1988, e um ano depois, a Constituição Estadual, em 5 de outubro de 1989. “A “Constituição Cidadã”, nos protege, garantindo direitos inegociáveis para nós e às futuras gerações”, refletiu o presidente da ALMT.
Botelho citou Ulisses Guimarães, em 1988, quando afirmou que: a Constituição certamente não é perfeita. Ela própria o confessa, ao admitir a reforma. Quanto a ela: discordar, sim. Divergir, sim. Descumprir, jamais. Afrontá-la, nunca! “Essas palavras ainda ecoam em nossos corações e nos chamam à ação e à responsabilidade cívica”, alertou o deputado.
Deputados constituintes
O presidente da ALMT também homenageou os deputados constituintes da época, incluindo José Lacerda, que ressaltou a resistência da Constituição de 1989, que continua válida após mais de 100 emendas e várias declarações de inconstitucionalidade. Lacerda destacou avanços importantes, como os 35% destinados à educação.
Lacerda lembrou as turbulências que o Brasil viveu em 1964, principalmente Mato Grosso por ser faixa de fronteira e pela divisão do Estado, quando ficou com 38 municípios e Mato Grosso do Sul com 55. “A Constituição de 89, deu segurança jurídica à sociedade mato-grossense, que é válida até hoje. Tratou sobre segurança, saúde e educação. Além de constar 35% para educação, colocou mais 1% para o ensino público estadual e mais 2% para Ciência e Tecnologia”, comentou Lacerda.
Memória eternizada em tela – Durante a cerimônia, o artista plástico Carlos Miranda criou uma obra retratando os deputados constituintes, eternizando esse marco histórico.
Homenageados – ALMT homenageou os deputados constituintes da época. São eles: Antônio Amaral, Haroldo Arruda, Antônio Joaquim, João Teixeira, Geraldo Reis, Kasu Sano, Luiz Soares, Branco de Barros, Eduíno Orione, Hermes de Abreu, Hilton de Campos, Jaime Muraro, João Bosco, José Lacerda, José Arimatéia, Moacir Gonçalves, Moisés Feltrin, Ninomiya Miguel, Osvaldo Paiva, Roberto Cruz, Roberto França, Thaís Barbosa, Teócles Maciel e Willian Dias.
Coletiva de imprensa – Antes do evento, na antessala do Plenário, o presidente Eduardo Botelho e o governador Mauro Mendes, acompanharam a coletiva dos ministros do STF, Gilmar Mendes, Flávio Dino e Alexandre de Moraes. Eles responderam aos jornalistas sobre os ataques sofridos pelo STF e quais ações estão sendo tomadas para intensificar a segurança pública.
Flávio Dino falou sobre a coragem do Supremo em suas decisões, afirmando: “Quem chega no Supremo, não tem medo de bicho-papão.”
Já o ministro Alexandre de Moraes, chamou atenção para educar as pessoas, principalmente as novas gerações. “O que não pode ser feito na vida real, não pode ser feito na virtual”, disse.
Combater a desinformação e as fakes News, essa foi a tônica do discurso do governador Mauro Mendes. “Não podemos deixar que a estupidez coletiva coloque em risco a democracia”.
Gilmar Mendes prometeu celeridade na apuração do crime do advogado Roberto Zampieri, ocorrido em dezembro do ano passado em Cuiabá.

Política
CPI da Manipulação de Jogos e apostas aprova relatório final

Após quase um ano de funcionamento, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas aprovou, hoje (19), o relatório final, encerrando os trabalhos do colegiado.
No documento, conhecido desde fevereiro – quando a leitura do texto foi adiada – o relator, senador Romário (PL-RJ), pede o indiciamento dos empresários William Pereira Rogatto e Thiago Chambó Andrade, e ainda de Bruno Tolentino, tio do jogador de futebol profissional Lucas Paquetá.
Aprovado com um único voto contrário, do senador Girão (Novo-CE), o relatório sugere aprimoramentos na legislação brasileira para torná-la mais efetiva no combate à manipulação de resultados e fraudes no mercado de apostas.
“O cenário atual do futebol brasileiro encontra-se em um momento delicado e preocupante, no qual a integridade do esporte mais popular do planeta está sendo constantemente questionada”, diz o documento, ao tecer considerações sobre a sistemática adotada no futebol brasileiro.
Em maio de 2024, a Federação Inglesa de Futebol (FA) acusou Paquetá de cometer faltas durante partidas de seu time, o West Ham, com o único objetivo de permitir a pessoas próximas, previamente informadas de suas intenções, manipulassem o mercado de apostas.
O meio-campista, que já jogou pelo Flamengo, Milan e pela seleção brasileira, e cujo julgamento na Inglaterra começou ontem (18), nega as acusações. O relatório da CPI do Senado, contudo, aponta que o tio de Paquetá integra a lista de apostadores suspeitos investigados ao longo do último ano, identificando movimentações financeiras suspeitas.
O documento indica que o ex-jogador e empresário Bruno Lopez de Moura, também investigado, não só admitiu aos membros da comissão que participava do esquema de manipulação de jogos, como afirmou ter recebido informações privilegiadas sobre os jogos de que Paquetá participou – e nos quais ele apostou.
Moura não foi indiciado pela CPI devido a um acordo de não persecução (perseguição) assinado com o Ministério Público (MP). Em depoimento à CPI, William Rogatto chegou a se identificar como um dos maiores e mais bem organizados manipuladores de resultados do Brasil.
“Eu só sou uma ferramenta, uma ferramenta para que as coisas aconteçam, [para] que essas coisas venham a tomar uma proporção grande”, teria afirmado Rogatto, segundo o relatório que o relator apresentou.
Rogatto foi preso pela Interpol, em novembro de 2024, em Dubai, nos Emirados Árabes, onde permanece detido.
Um dos investighados, Chambó Andrade. é apontado como integrante de “organização criminosa destinada à obtenção de vantagens, inclusive pecuniária, mediante a reiterada prática de infrações penais como corrupção ativa em competições esportivas” e um dos “responsáveis por assegurar a existência de verbas [dinheiro] a serem usadas no pagamento dos jogadores aliciados”.
Andrade não compareceu em nenhuma das duas vezes que foi convocado a prestar depoimento à CPI.
Aperfeiçoamentos
Com a aprovação do relatório, os membros da CPI endossam as propostas legislativas do relator.
Entre elas, uma emenda constitucional para obrigar qualquer cidadão, mesmo que autoridade pública, a atender à convocação de qualquer comissão parlamentar de inquérito, e de três projetos de lei para coibir a manipulação de jogos, incluindo o que tipifica o crime de fraude ao mercado de apostas, hoje inexistente, e a sugestão de que atletas condenados sejam suspensos ou banidos do esporte.
A comissão também recomenda a limitação das chamadas apostas simples (ou single bets), modalidade que, para o relator, facilita a manipulação de resultados, já que permite a aposta em um único evento, como a marcação de uma falta ou pênalti e eventuais punições a atletas.
“O problema é que, quanto mais atrativos os produtos de apostas se tornam, mais fácil fica prever o resultado, e mais facilmente os produtos podem ser explorados para manipulação. Por exemplo, as casas de apostas tradicionalmente têm preferido apostas múltiplas (multiple bets), relacionadas a diversos eventos simultaneamente, dado que é mais difícil prever o resultado, além de tornar mais difícil e custosa a manipulação. Contudo, para atrair e segurar consumidores, as single bets são cada vez mais comuns”, destaca o documento.
De acordo com informação divulgada pela Agência Senado, toda a documentação produzida pela CPI será compartilhada com a Polícia Federal e o Ministério Público da União para prosseguimento das investigações. As informações também serão enviadas para outras instituições, como Casa Civil e ministérios da Fazenda, da Justiça, do Esporte e da Saúde, para medidas específicas.
-
Judiciário1 dia atrás
Moraes libera para julgamento núcleo 3 de denúncias sobre golpe
-
Polícia1 dia atrás
Operação visa facção do RJ envolvida na fuga de presos de Mossoró
-
Esporte1 dia atrás
Fla x Flu: PM age rápido e dispersa torcedores em conflito
-
Polícia1 dia atrás
Operação combate lavagem de dinheiro em postos de combustíveis no Rio
-
Economia1 dia atrás
Cesta básica do paulistano sobe 1,14% em fevereiro
-
Política11 horas atrás
Lula diz que Brasil continuará crescendo acima de 3% neste ano
-
Saúde1 dia atrás
Escape de urina não deve ser normalizado e tem tratamento, alerta SBU
-
Economia11 horas atrás
Alta da Selic estava prevista desde o fim do ano passado, diz Haddad