Tiro fatal
Adolescente é assassinado com tiro no rosto logo após comprar drogas
Um outro menor de 14 também foi ferido, e na casa foram encontrados entorpecentes e relataram que tinham acabado de comprar as drogas
Polícia

Na terça-feira (21) um adolescente de 15 anos, identificado como Danilo da Silva Miranda, foi assassinado com tiros no rosto, no município de Barra do Bugres (cerca de 177 km de Cuiabá). Um outro menor, de 14 anos, que estava com ele no momento da execução, também foi atingido.
De acordo com o boletim de ocorrência, a equipe da Polícia Militar foi acionada e ao chegar no local do crime, a equipe se deparou com Danilo caído no chão, com perfurações no rosto. O amigo dele, com ferimentos de tiro no braço, sentado ao lado. Uma outra vítima foi alvejada e correu para dentro da residência em busca de ajuda.
O local do crime foi isolado para realização dos trabalhos da equipe da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e confirmou a morte do menor. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico de Legal (IML).
Durante perícia dentro da casa, os policiais civis encontraram um outro menor, de 17 anos, escondido dentro de um guarda roupas. Questionado, ele relatou que havia vendido droga para as vítimas momentos antes do ataque e confessou que tinha mais entorpecentes escondidos no local. A mãe do menor acompanhou a busca pela residência e foram encontradas porções de pasta de base de cocaína, cloridrato de cocaína e maconha escondidas atrás de um armário.
O menor foi apreendido e conduzido à delegacia de Barra do Bugres.

Polícia
Levantamento avalia efetividade da ADPF 635 em operações na Maré

Sessenta e três denúncias de violações de direitos durante operações na Maré apenas em 2024, além de 93 de invasão de domicílio. Esses e outros números estão presentes no boletim “Direito à Segurança Pública na Maré: De Olho na ADPF 635”, apresentado nesta sexta-feira (21) pela organização Redes da Maré.
O levantamento avalia a efetividade das medidas determinadas pelo STF no contexto da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 635, mais conhecida como ADPF das Favelas. A votação está prevista para a próxima quarta-feira (26).
O instrumento prevê uma série de medidas relacionadas às operações policiais, entre elas o uso de câmeras com dispositivo de gravação de áudio e a presença de ambulâncias e socorristas durante as ações dos agentes de segurança.
Também está em análise o respeito ao perímetro escolar durante as operações, restrição do uso de helicópteros como plataforma de tiros, obrigatoriedade da realização de perícias em casos de morte e adoção de um plano para redução da letalidade policial.
Mas, apesar das orientações previstas, de acordo com o boletim Direito à Segurança Pública na Maré, o que se vê na prática é que muitas recomendações do STF não estão sendo seguidas.
O levantamento aponta, por exemplo, que, em 2025, foram 42 dias de operações policiais no local, número seis vezes maior que as operações em 2021. Cerca de 90% delas ocorreram próximas a unidades de saúde, o que impactou diretamente nos serviços prestados à população. Além disso, 88% das ações ocorreram em imediações de escolas, com suspensão de aulas que afetaram mais de sete mil alunos. Embora a ADPF preveja utilização de câmeras corporais, em apenas 26 operações foram observadas a presença desses equipamentos.
Eliana Sousa Silva, diretora da Redes da Maré, resume o cenário:
“A gente vê que o uso de câmeras, ter ambulância, o policial estar identificado não virou ainda uma prática, infelizmente, das polícias aqui do Rio de Janeiro”.
Tainá Alvarenga, coordenadora da Redes da Maré, enfatiza os objetivos da ADPF:
“É importante para tentar normatizar as ações policiais, que, ao contrário do que vem sendo veiculado, de que a ADPF proíbe as operações, na verdade, o que a ADPF prega é que essas ações, essas operações, sejam feitas a partir de parâmetros normativos”.
Outro dado alarmante trazido pelo boletim refere-se às perícias em cenas de mortes. Dos 20 óbitos ocorridos em operações policiais, apenas quatro tiveram perícia de local. Em 17 casos, houve indícios de execução, conforme relatos de moradores e evidências coletadas por familiares das vítimas.
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