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Agricultura

Paraná liderou o crescimento da produção de peixes em 2024

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O setor da piscicultura brasileira registrou um avanço significativo em 2024, com um crescimento de 9,2% na produção de peixes de cultivo em relação ao ano anterior. O volume total atingiu 968.745 toneladas, consolidando o Brasil como um dos principais produtores globais.

O destaque foi para o Paraná, maior produtor nacional, que ampliou sua participação no mercado e fechou o ano com 250.315 toneladas, um crescimento de 17,35% em relação a 2023. O estado responde por um quarto da produção nacional, impulsionado pelo trabalho das cooperativas e piscicultores independentes.

Na sequência, São Paulo ocupou a segunda posição, com 93.200 toneladas, seguido por Minas Gerais (72.800 t), Santa Catarina (59.100 t) e Rondônia (56.900 t). Completam o ranking dos dez maiores produtores Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia e Pernambuco.

A tilápia segue como a espécie de maior relevância no setor, representando 68,36% da produção nacional. Em 2024, foram cultivadas 662.230 toneladas do peixe, um avanço de 14,36% em comparação ao ano anterior. O crescimento expressivo é reflexo do aumento do consumo no Centro-Sul do país, consolidando a tilápia como uma das principais fontes de proteína animal da região.

Por outro lado, a produção de espécies nativas, como tambaqui, pacu, pintado e pirarucu, registrou queda de 1,8%, encerrando o ano com 258.705 toneladas. O desempenho negativo está relacionado à menor produção na região amazônica. Em contrapartida, outras espécies, como pangasius, carpa e trutas, tiveram crescimento de 7,5%, alcançando 47.810 toneladas.

Apesar do avanço na produção, o setor enfrentou desafios na formação de preços. O mercado da tilápia, por exemplo, teve oscilações significativas. No início de 2024, o valor do quilo era de R$ 9,68, mas terminou o ano em R$ 7,77, conforme dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. A desvalorização foi atribuída ao aumento expressivo do alojamento de alevinos em 2023, que pressionou a oferta no ano seguinte.

Por outro lado, os peixes nativos seguiram uma tendência oposta. Com menor oferta no mercado, os preços pagos ao produtor melhoraram ao longo do ano, especialmente no segundo semestre.

Os resultados reforçam o crescimento sustentável da piscicultura nacional, consolidando-a como uma alternativa viável para o suprimento de proteína animal. O setor continua demonstrando potencial de expansão, impulsionado por investimentos em tecnologia, boas práticas de manejo e o fortalecimento das cooperativas e produtores independentes.

Fonte: Pensar Agro



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Agricultura

Brasil perde 15% da safra durante o transporte, por falta de infraestrutura

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O agronegócio brasileiro enfrenta desafios significativos relacionados às perdas de grãos durante o transporte, impactando diretamente a rentabilidade dos produtores rurais. A infraestrutura logística do país, composta por rodovias, ferrovias e portos, apresenta deficiências que contribuem para o desperdício de commodities agrícolas. Estima-se que o Brasil perca até 15% da sua produção de grãos devido a falhas no sistema logístico, o que equivale a bilhões de reais em prejuízos todos os anos.

A soja, principal produto agrícola exportado pelo Brasil, sofre com as condições precárias das rodovias e a baixa eficiência das ferrovias. De acordo com o Ministério da Infraestrutura, 60% das rodovias brasileiras apresentam péssimas condições de conservação, o que aumenta o tempo de viagem e o risco de danos às cargas.

Além disso, o Brasil possui apenas cerca de 30 mil quilômetros de ferrovias operacionais, o que é insuficiente para atender à demanda de transporte do agronegócio, principalmente para grandes distâncias e áreas isoladas. Isso resulta em congestionamentos nos portos e longas filas de caminhões, elevando os custos operacionais e reduzindo a competitividade no mercado internacional.

Estudos revelam que a falta de infraestrutura adequada encarece em média 36,27% o preço dos produtos agrícolas brasileiros em relação aos similares de outros países, conforme levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Especificamente, as perdas logísticas no transporte de grãos são estimadas em até 4 bilhões de dólares por safra, segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja). Isso afeta diretamente a rentabilidade dos produtores, que enfrentam custos adicionais e perdas significativas, principalmente durante o transporte por rodovias.

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), a quantidade de grãos perdidos durante o transporte e armazenamento representa até 10% da produção total, variando conforme a cultura e as condições do transporte. Por exemplo, a soja perde, em média, 1,5% de sua produção durante o transporte, enquanto o milho pode sofrer perdas de até 3% devido ao manuseio inadequado e falta de cuidados no percurso.

Diversas medidas são recomendadas para aprimorar a logística e reduzir perdas durante o transporte:

  • Investimentos em Infraestrutura: Melhorias nas rodovias, ferrovias e portos são essenciais para garantir a fluidez no escoamento da produção agrícola. A Associação Brasileira de Logística (Abralog) sugere um investimento de R$ 15 bilhões para modernização da infraestrutura de transporte no país, o que poderia reduzir significativamente as perdas logísticas.

  • Adoção de Tecnologias de Monitoramento: Implementação de sistemas de monitoramento em tempo real para acompanhar a integridade das cargas. O uso de sensores e rastreadores inteligentes tem ajudado a minimizar perdas, como já é observado em algumas regiões produtoras de soja.

  • Capacitação de Motoristas e Operadores Logísticos: Treinamentos focados em boas práticas de transporte e manuseio de cargas. A capacitação pode reduzir danos que ocorrem devido a manobras incorretas e falta de cuidados com a carga durante o transporte.

  • Parcerias Público-Privadas (PPPs): Colaborações entre governo e setor privado são essenciais para viabilizar projetos de infraestrutura. O modelo de PPPs tem sido considerado uma solução para aumentar a eficiência das rodovias e ferrovias, além de garantir maior qualidade no transporte de produtos agrícolas.

A redução das perdas de grãos durante o transporte no Brasil exige um esforço conjunto entre produtores, autoridades governamentais e empresas de logística. Investimentos em infraestrutura, adoção de tecnologias avançadas e capacitação profissional são fundamentais para minimizar desperdícios, aumentar a competitividade do agronegócio brasileiro e assegurar a sustentabilidade econômica do setor. Com perdas logísticas que podem chegar a até 4 bilhões de dólares por safra, o potencial de ganho para o produtor rural brasileiro é imenso, caso essas questões sejam resolvidas de forma eficiente.

Fonte: Pensar Agro



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