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Imprensa norte-americana prevê que Brasil vá ter problemas com a China

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Uma matéria da Reuters, publicada nesta quinta-feira (20.02) nos Estados Unidos, analisa o crescimento da produção e das exportações de soja no Brasil. Nosso país, segundo frisa a publicação, alcançou um marco histórico ao se tornar o maior exportador mundial de commodities do agronegócio, superando os Estados Unidos.

Intitulada “A área de soja em constante expansão do Brasil pode enfrentar desafios da China” (leia aqui), a reportagem destaca que, ao longo dos últimos 18 anos, a área plantada de soja no Brasil aumentou 130%, enquanto o consumo chinês da oleaginosa cresceu 175% no mesmo período. Atualmente, mais de 70% das exportações anuais de soja do Brasil têm como destino a China, o maior comprador mundial do grão. No entanto, o crescimento recente da demanda chinesa não tem sido tão robusto quanto há uma década, o que pode representar desafios futuros para os produtores brasileiros.

Além disso, a matéria ressalta que o comércio global de soja é dominado por Brasil e Estados Unidos, que juntos respondem por 85% das exportações anuais. A China permanece como o maior importador, consumindo mais de 60% das importações globais.

Nos últimos anos, observou-se uma mudança nas dinâmicas comerciais, especialmente devido a tarifas impostas pelos EUA e ao aumento da produtividade agrícola brasileira. As importações chinesas de soja dos EUA diminuíram significativamente desde a guerra comercial iniciada em 2018, enquanto as importações do Brasil aumentaram. Nos últimos três anos, os embarques de soja dos EUA para a China caíram 12%, enquanto as exportações brasileiras para o país asiático aumentaram 51%.

O estudo do Insper Agro Global corrobora esses dados, indicando que, a partir de 2023, o Brasil se tornou o maior exportador de commodities agropecuárias e agroindustriais, ultrapassando os EUA. Entretanto, o país ainda está distante de alcançar os norte-americanos nas exportações totais do agronegócio, devido ao maior valor agregado dos produtos exportados pelos EUA.

A expansão contínua da área de cultivo de soja no Brasil reflete a resiliência dos produtores e a adoção de tecnologias avançadas e práticas sustentáveis no campo. Contudo, a forte dependência do mercado chinês representa um risco, especialmente diante de possíveis mudanças na demanda ou políticas comerciais. Para manter sua posição de liderança, o Brasil precisa diversificar seus mercados e investir em infraestrutura e inovação, garantindo competitividade e sustentabilidade a longo prazo.

Fonte: Pensar Agro



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Após alta de até 670% nos tributos, governo vai ajustar regra para o álcool

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Durante a regulamentação da reforma tributária, a substituição do termo “álcool” por “etanol combustível” no texto final resultou em uma distorção que elevou significativamente a carga de PIS/Cofins sobre o álcool não carburante — utilizado em segmentos como cosméticos, bebidas, produtos de limpeza e medicamentos. Como consequência a mudança restringiu o benefício fiscal ao etanol automotivo e deixou as demais aplicações sujeitas a uma alíquota de quase 30%, pressionando os custos do setor produtivo.

Antes da alteração, o regime tributário para o álcool industrial era monofásico e permitia que as usinas recolhessem cerca de R$ 130 por metro cúbico vendido. Com a nova regra, esse valor saltou para aproximadamente R$ 1.000, gerando um aumento expressivo e inesperado na carga tributária incidente sobre um insumo essencial para diversas cadeias produtivas.

Para evitar efeitos colaterais como aumento de preços ao consumidor final e perda de competitividade industrial, o governo federal prepara um decreto que deve reduzir as alíquotas de forma emergencial. A medida está em análise final na Casa Civil e na Receita Federal, e a expectativa é de que o texto seja publicado nos próximos dias.

Embora a correção formal da falha exigisse uma nova lei complementar — o que demandaria maioria qualificada no Congresso e mais tempo de tramitação —, o decreto surge como alternativa viável para mitigar os impactos no curto prazo. O objetivo é devolver equilíbrio fiscal à cadeia do álcool industrial, resguardar setores estratégicos e preservar a estabilidade dos preços ao consumidor.

A medida também busca reduzir o risco de judicialização e disputas tributárias, que podem surgir diante da insegurança jurídica causada pela redação atual da lei. Representantes da indústria e especialistas tributários vêm alertando para os efeitos adversos do novo modelo, que acabou atingindo insumos que não estavam no escopo original da reforma.

A publicação do decreto é aguardada com expectativa pelo mercado, que considera a medida essencial para evitar a perda de competitividade e novos prejuízos à indústria nacional.

Fonte: Pensar Agro



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