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Rio faz ação de mobilização contra o sarampo a partir desta segunda

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O Rio de Janeiro faz a partir desta segunda-feira (24) uma mobilização contra o sarampo na cidade. Para facilitar o acesso da população carioca à vacina, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) leva o imunizante a locais com grande circulação de público.

De segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, vai ser possível se vacinar no Terminal Gentileza, região portuária da capital, onde o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz estará presente, e no Aeroporto Santos Dumont, região central. Na Central do Brasil, outro local de grande movimentação, a vacinação será na terça e na quinta-feira, no mesmo horário.

De acordo com a SMS, o sarampo “é uma doença febril aguda, altamente transmissível, que pode acometer pessoas em qualquer faixa etária”. A transmissão é por contato direto, pessoa a pessoa, por meio de gotículas de secreções expelidas ao falar, tossir ou espirrar. “O contágio também ocorre por dispersão de gotículas com partículas virais no ar, em ambientes fechados como, por exemplo, escolas, creches e clínicas”, completou a secretaria em nota.

Até agora, em 2025, a capital do Rio não registrou casos da doença, ao contrário de cidades vizinhas, como São João do Meriti, onde já houve casos recentes. “O objetivo é garantir o esquema vacinal contra o sarampo para adultos de 18 a 59 anos que não estejam imunizados, ou para os que fazem parte da faixa etária de até 29 anos que tenham recebido apenas uma dose, de modo a completar seu esquema vacinal com a segunda dose”, informou.

Conforme a secretaria, a vacina contra o sarampo está disponível para crianças e adultos em todas as 239 unidades de Atenção Primária do município, como clínicas da família e centros municipais de saúde. Além disso, a população pode se dirigir ao Super Centro Carioca de Vacinação, em Botafogo, na zona sul da cidade, onde o atendimento é em todos os dias da semana, das 8h às 22h. Já no Super Centro Carioca de Vacinação unidade Campo Grande, na zona oeste, localizado no ParkShoppingCampoGrande, embora o funcionamento seja diário, o horário acompanha o de funcionamento do centro comercial.

Estado

No sábado (22), a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), em parceria com o Ministério da Saúde e o município de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, fizeram um dia de campanha para aplicação da vacina contra o sarampo. Além disso, promoveu uma busca ativa por casos suspeitos da doença. O município registrou na semana passada, dois casos confirmados. “O sarampo já foi erradicado no país, mas casos pontuais da doença podem ser registrados”, completou a SES em nota.

Segundo a SES-RJ, desde a confirmação desses casos tem tomado medidas junto ao Ministério da Saúde e ao município para evitar a transmissão do vírus. Cerca de 40 equipes de profissionais de saúde participaram neste sábado da busca ativa por casos. O trabalho incluiu a aplicação de duas mil doses da vacina, rua por rua, no entorno da residência onde os casos foram constatados.

A prioridade da busca ativa, de acordo com a pasta, era o público de 9 meses a 59 anos de idade que não estava vacinado. Já a dose zero, se houvesse necessidade, era aplicada em crianças de 9 a 11 meses. Menores de 12 meses não vacinados receberam a primeira dose durante a ação.

Na sexta-feira (21), as equipes de Vigilância Epidemiológica e Atenção Primária à Saúde do estado realizaram capacitação de profissionais de saúde para participarem da mobilização. “Além de sensibilizar os agentes para a detecção de possíveis casos de sarampo na cidade, a Secretaria também os orientou na adoção de novas tecnologias que informatizam a varredura e o registro das vacinas aplicadas”, informou.

A Secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, disse que o estado tem dado apoio ao município de São João de Meriti desde a notificação da suspeita há uma semana. “Visitamos, escutamos e junto do Ministério da Saúde formamos uma parceria forte para controlar a situação”, afirmou na nota.

Para o diretor do Programa Nacional de Imunizações, Eder Gatti, que fez parte da comitiva do Ministério da Saúde que veio ao estado, ações conjuntas no combate à doença têm mais força.

“A tríplice viral é uma vacina extremamente confiável. Ela é eficiente, já estamos familiarizados com ela há, no mínimo, 30 anos. Com o ciclo completo, garantimos a segurança do nosso país contra o sarampo, que já foi erradicado mas inspira nossos cuidados”, complementou.



Fonte: EBC

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Acervo denuncia política de morte na pandemia e pode embasar reparação

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Um acervo com 150 registros do que seriam evidências de condutas criminosas e negacionistas na gestão da pandemia de covid-19 pode ser usado para embasar ações judiciais de familiares de vítimas da Covid-19 em busca de reparação.

Lançado oficialmente em março deste ano, o Acervo da Pandemia é uma plataforma digital criada pelo Centro de Estudos Sociedade, Universidade e Ciência (Sou Ciência), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com a Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas da Covid-19 (Avico).

O acervo contém documentos, vídeos, áudios e reportagens sobre a gestão da pandemia de Covid-19 no Brasil. A intenção dos organizadores da iniciativa, é preservar a memória coletiva e permitir uma análise crítica do período, que durou 17 meses no país e vitimou cerca de 712 mil pessoas. Além dos 150 registros que compõem a coleção, outros 100 deles encontram-se em fase de análise.

A presidente da Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas da Covid-19 (Avico), Rosângela Oliveira Silva, defende que o acervo contém um arcabouço de fatos que demonstram a responsabilidade do Estado Brasileiro no período da pandemia

“A um operador do Direito, por exemplo, que queira entrar com uma ação na Justiça, o acervo dá a possibilidade de recorrer aos fatos de forma séria, com dados fidedignos, bem catalogados, de fácil acessibilidade”.

Necrossistema

Todos os documentos do acervo, desde a coleta até a curadoria, foram feitos por uma equipe multidisciplinar de pesquisadores que descreveram o cenário como “necrossistema da pandemia”, “formado por um conjunto de instituições e agentes que atuam de forma articulada para controlar a vida e a morte da população, estabelecendo e ampliando seu poder sobre corpos, comunidades e a sociedade”.

“Estudos mostram que havia um sistema coordenado e articulado, que atuou para desinformar, manipular e expor desnecessariamente as pessoas ao vírus e ao risco de morte, durante a pandemia de covid-19 no Brasil, buscando aproveitar a grave crise para impor narrativas e condutas negacionistas”, apresenta o acervo em sua página inicial. 

A presidente da Avico disse ainda que, “além de colaborar com a responsabilização de agentes públicos que negligenciaram a gestão da crise, o acervo pode embasar a construção de políticas públicas de assistência, saúde e previdência, a partir das evidências registradas”.

 


Manaus (AM) - Especial 3 anos de pandemia, Impactos da pandemia. Funcionários do Cemitério Tarumã na cidade de Manaus, sepultam vitimas do covid-19 . Foto: Alex Pazuello/Semcom/Prefeitura de Manaus
Manaus (AM) - Especial 3 anos de pandemia, Impactos da pandemia. Funcionários do Cemitério Tarumã na cidade de Manaus, sepultam vitimas do covid-19 . Foto: Alex Pazuello/Semcom/Prefeitura de Manaus

Funcionários do Cemitério Tarumã na cidade de Manaus, sepultam vitimas do covid-19 . Foto: Alex Pazuello/Semcom/Prefeitura de Manaus

Reparação

E completou a pesquisadora: “o Brasil ainda não deu resposta do ponto de vista da reparação. Mas o Acervo colabora no sentido de permitir que a população não fique no esquecimento. São materiais que podem ser utilizados inclusive por autoridades e parlamentares”.

O material é dividido em 17 eixos temáticos, como “omissões e conivências”, “ética e autonomia médica”, “ciência e evidência”, “tratamento precoce” e “vacina”.

“O Acervo da Pandemia não é apenas um repositório de documentos. Ele é um testemunho do que ocorreu no Brasil durante um dos períodos mais críticos da nossa história. Seu propósito é servir como fonte para pesquisadores, jornalistas, formuladores de políticas públicas e para qualquer cidadão que queira entender os erros e acertos na gestão da pandemia”, afirma Soraya Smaili, coordenadora do SoU Ciência, professora titular da Escola Paulista de Medicina e ex-reitora da Unifesp.

No que diz respeito à responsabilização de culpados e reparação das vítimas, Rosângela disse que os temas ainda são “um ponto de interrogação” no país.

“Do ponto de vista da pandemia e da reparação, eu creio que permitir essa memória e permitir esse dado histórico faz com que o acervo colabore com as pessoas, inclusive com as autoridades. Se quiserem recorrer ao Acervo, encontrarão ali material fidedigno pra poder fazer qualquer trabalho, inclusive na área de política pública”, completou a presidente da Avico.



Fonte: EBC

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