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Levantamento avalia efetividade da ADPF 635 em operações na Maré

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Sessenta e três denúncias de violações de direitos durante operações na Maré apenas em 2024, além de 93 de invasão de domicílio. Esses e outros números estão presentes no boletim “Direito à Segurança Pública na Maré: De Olho na ADPF 635”, apresentado nesta sexta-feira (21) pela organização Redes da Maré.

O levantamento avalia a efetividade das medidas determinadas pelo STF no contexto da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 635, mais conhecida como ADPF das Favelas. A votação está prevista para a próxima quarta-feira (26).

O instrumento prevê uma série de medidas relacionadas às operações policiais, entre elas o uso de câmeras com dispositivo de gravação de áudio e a presença de ambulâncias e socorristas durante as ações dos agentes de segurança. 

Também está em análise o respeito ao perímetro escolar durante as operações, restrição do uso de helicópteros como plataforma de tiros, obrigatoriedade da realização de perícias em casos de morte e adoção de um plano para redução da letalidade policial.

Mas, apesar das orientações previstas, de acordo com o boletim Direito à Segurança Pública na Maré, o que se vê na prática é que muitas recomendações do STF não estão sendo seguidas. 

O levantamento aponta, por exemplo, que, em 2025, foram 42 dias de operações policiais no local, número seis vezes maior que as operações em 2021. Cerca de 90% delas ocorreram próximas a unidades de saúde, o que impactou diretamente nos serviços prestados à população. Além disso, 88% das ações ocorreram em imediações de escolas, com suspensão de aulas que afetaram mais de sete mil alunos. Embora a ADPF preveja utilização de câmeras corporais, em apenas 26 operações foram observadas a presença desses equipamentos.

Eliana Sousa Silva, diretora da Redes da Maré, resume o cenário:

“A gente vê que o uso de câmeras, ter ambulância, o policial estar identificado não virou ainda uma prática, infelizmente, das polícias aqui do Rio de Janeiro”.

Tainá Alvarenga, coordenadora da Redes da Maré, enfatiza os objetivos da ADPF:

“É importante para tentar normatizar as ações policiais, que, ao contrário do que vem sendo veiculado, de que a ADPF proíbe as operações, na verdade, o que a ADPF prega é que essas ações, essas operações, sejam feitas a partir de parâmetros normativos”.

Outro dado alarmante trazido pelo boletim refere-se às perícias em cenas de mortes. Dos 20 óbitos ocorridos em operações policiais, apenas quatro tiveram perícia de local. Em 17 casos, houve indícios de execução, conforme relatos de moradores e evidências coletadas por familiares das vítimas.




Fonte: EBC

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Lula entrega PEC da Segurança Pública ao Congresso Nacional

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O presidente Lula oficializou nesta quarta-feira (23) a entrega da PEC da Segurança Pública ao Congresso Nacional.

A proposta prevê uma maior integração entre a União e os entes federados.

Para o presidente Lula, não se trata de uma interferência na responsabilidade e na autonomia de cada estado no tratamento da segurança pública, mas da ampliação do diálogo.

Também durante a entrega, que ocorreu no Palácio do Planalto, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, destacou as principais diretrizes da PEC da Segurança Pública.

No início deste mês, Lewandowski fez uma apresentação prévia do texto ao presidente da Câmara, Hugo Motta. Ele ressaltou, nesta quarta-feira, que a PEC foi bem recebida desde o início, e que será debatida com prioridade.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, destacou a relevância da discussão dada a insegurança que vive a população brasileira.

Outro destaque da PEC da Segurança Pública é a atualização das competências das polícias Federal e Rodoviária Federal.

A PRF, por exemplo, se tornaria uma polícia ostensiva federal, passando a se chamar Polícia Viária Federal, com suas atribuições expandidas para fazer policiamento também em ferrovias e hidrovias.

Além disso, a medida busca dar respaldo constitucional ao Sistema Único de Segurança Pública e aos fundos Nacional de Segurança Pública e Penitenciário Nacional.

*Com informações da Agência Brasil 




Fonte: EBC

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