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Suicídio em Cuiabá representa 1/3 dos casos de morte violenta

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Hoje vou abordar um assunto que é mais falado no mês de setembro que são os casos de suicídio.

Dados da DHPP apontam que só no ano de 2024 do total de atendimento de mortes entre homicídio e suicídio foram registrados 141 homicídios e 68 suicídios. E pasmem, somente em Cuiabá. Em Mato Grosso ocorreram 339 casos de suicídio no ano de 2024.

CAUSA

A principal doença mental responsável por estas mortes é a depressão, 70% dos casos. Os outros 30% são em decorrência do uso abusivo de substâncias (álcool e outras drogas), Transtorno Afetivo Bipolar, transtorno de Personalidade, esquizofrenia e outros.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde a cada 45 SEGUNDOS uma pessoa se suicida no mundo e no Brasil a cada 45 minutos (esses dados são de 2016 antes da pandemia. Não temos esses dados atualizados), e a cada 10 suicídios, 09 poderiam ter sido evitados, pois esses pacientes buscaram ajuda de alguma forma, eles dão sinais. Porém a maioria das equipes de saúde e familiares não sabem lidar com essas pessoas, que são hostilizadas, estigmatizadas e sofrem grande preconceito.

Por isso precisamos falar mais sobre o assunto, perguntar e ouvir com atenção e empatia aquele que sofre de algum problema mental. O suicídio é um problema de saúde pública e precisa ser visto com maior cuidado pelas autoridades, com investimento em políticas públicas de tratamento e prevenção.

No HMC- Hospital Municipal de Cuiabá o número de atendimentos da psiquiatria no setor de emergência cresceu a índices alarmantes.

Hoje somos a sexta especialidade que mais atende, ficando atras do setor de traumatologia (cirurgia, ortopedia, bucomaxilo) clínica médica e pediatria.

A psiquiatria hospitalar no HMC faz o acolhimento, tratamento e depois encaminha para dar continuidade nos ambulatórios e CAPS, casos mais graves solicita vaga no CIAPS Adauto Botelho, mas a situação está aquém do mínimo necessário.

TRATAMENTOS

Para tratamento com base em evidencia científica temos medicamento oral que trata o pensamento suicida, bem como medicação injetável , que em até 1h após a infusão pode melhorar a ideação suicida. Temos ainda a eletroconvulsoterapia para casos de depressão grave com ideação suicida, sintomas psicóticos e outros.  São procedimentos de baixo custo e que salvam vidas.

É preciso agir rápido, é preciso investir em recursos humanos, medicamentos e centros de atendimentos especializados, principalmente na atenção básica, como forma preventiva. Estamos perdendo muitas vidas!

Dra Olicelia Poncioni  – Medica Psiquiatra- Formada pela UFMT em 1994 CRM2845 RQE 2862.Título de Especialista pela Associação Brasileira de Psiquiatria e Associação Médica Brasileira. Com 30 anos de experiência atuando na rede pública  e privada em Cuiabá, ambulatório, urgência e emergência. Preceptora da Residência Médica em Psiquiatria CIAPS/SES. Preceptora do internato do curso de Medicina da UNIC. Chefe do Serviço de Psiquiatria Hospitalar do HMC.



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Música beneficia saúde do corpo e da mente

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*Por Manoel Izidoro

A música é uma das formas de arte mais antigas e universais de expressão, capaz de despertar emoções, melhorar o humor e até contribuir para a saúde física e mental. Estudos científicos têm demonstrado que ouvir ou praticar música pode trazer inúmeros benefícios para o bem-estar geral.

Dentre as vantagens que ela traz para a mente está a redução do estresse e ansiedade. A música tem um efeito direto no sistema nervoso, ajudando a reduzir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse. Sons suaves e melodias relaxantes podem induzir ao estado de calma, sendo eficazes no combate à ansiedade e ao estresse diário.

Já as músicas animadas e harmoniosas estimulam a produção de dopamina e serotonina, neurotransmissores associados ao prazer e bem-estar. O que promove a sensação de felicidade e auxilia no combate aos sintomas de depressão.

Ouvir e praticar música fortalece conexões neurais e estimula áreas do cérebro ligadas à memória e aprendizado. Situação, especialmente benéfica para idosos, auxiliando na prevenção de demências como o Alzheimer.

Estudos mostram que as músicas clássicas ou instrumentais podem melhorar a concentração e estimular a criatividade, tornando-se aliadas no ambiente de estudo e trabalho.

A música também influencia positivamente a saúde física. Pesquisas identificaram que as canções relaxantes contribuem para a redução da pressão arterial e frequência cardíaca, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares.

Outro importante benefício propiciado pela música é a melhoria da qualidade do sono. Escutar músicas tranquilas antes de dormir leva ao relaxamento profundo, reduzindo assim a insônia.

A música ainda pode atuar como um analgésico natural, ajudando na liberação de endorfinas, o que causa menor percepção da dor em pacientes com doenças crônicas ou em recuperação de cirurgias.

O estímulo para a prática de atividades físicas é outra benesse que os acordes trazem. Músicas animadas aumentam a motivação para a realização de exercícios físicos, tornando treinos mais eficientes e prazerosos.

Em resumo, a música é uma poderosa aliada para a saúde física e mental, incorporá-la no dia a dia pode trazer bem-estar e qualidade de vida.

* Manoel Izidoro é professor e proprietário da Escola de Música IGC de Cuiabá.



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