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A Mensagem Longa Funciona?

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No universo das redes sociais, onde a atenção do público é um bem cada vez mais escasso, surge uma pergunta frequente entre profissionais de marketing, políticos e gestores de conteúdo: A mensagem longa funciona? A resposta é sim, mas com ressalvas importantes. Funciona quando o conteúdo é relevante.

 

O Conteúdo Relevante é o Rei

 

Em um mundo dominado por vídeos curtos e mensagens rápidas, como os do TikTok ou Reels do Instagram, pode parecer contraproducente investir em conteúdos longos. No entanto, a chave está na relevância. Um estudo realizado pela HubSpot em 2023 mostrou que, embora vídeos curtos tenham maior taxa de engajamento inicial, conteúdos longos (como vídeos de 10 a 15 minutos) geram maior retenção e conversão quando abordam temas profundos e de interesse específico do público.

 

Um exemplo internacional é o sucesso do canal Veritasium no YouTube, que explora temas científicos complexos em vídeos longos, muitas vezes ultrapassando 20 minutos. O canal possui milhões de visualizações e um engajamento altíssimo, provando que, quando o conteúdo é relevante, o público está disposto a dedicar seu tempo.

 

No Brasil, podemos citar o caso do Porta dos Fundos, que alterna entre esquetes curtas e vídeos mais longos, dependendo da complexidade do tema. Quando o assunto exige profundidade, como em críticas sociais ou políticas, os vídeos longos são tão bem recebidos quanto os curtos. Estive recente mente conversando com o oncologista Rogerio Leite que é líder nesse segmento no Youtube e o mesmo me confirmou que depois de muitas experimentações e testes hoje o que da mais conversão é o vídeo longo.

 

O Papel dos Algoritmos

 

Os algoritmos das redes sociais são frequentemente apontados como inimigos dos conteúdos longos, mas isso não é totalmente verdade. Plataformas como o YouTube e o Facebook priorizam o tempo de permanência do usuário. Ou seja, se um vídeo longo mantém o espectador engajado, ele será impulsionado pelo algoritmo, independentemente de sua duração.

 

Já no Instagram e no TikTok, onde o foco é no engajamento rápido, vídeos longos podem ser menos eficazes, a menos que sejam extremamente cativantes desde os primeiros segundos. Aqui entra a importância do *hook* aquela introdução impactante que prende a atenção do espectador e o convence a continuar assistindo.

 

Autoridade

 

Outro fator crucial é o porta-voz. Um conteúdo longo só funciona se quem o apresenta tiver credibilidade e conexão com o público. Por exemplo, um político discutindo políticas públicas complexas pode usar vídeos longos para explicar suas propostas, desde que já tenha estabelecido uma relação de confiança com seus eleitores. Caso contrário, o tiro pode sair pela culatra.

 

Um exemplo internacional é o ex-presidente Barack Obama, que utiliza vídeos longos para discutir temas como mudanças climáticas e reformas sociais. Sua autoridade e carisma permitem que ele mantenha a atenção do público mesmo em formatos mais extensos. Outro exemplo é do ex-presidente Bolsonaro e da Deputada Janaina Riva, ambos convertem muito bem seus materiais.

 

Quando o Curto é Melhor

 

É importante ressaltar que, na maioria dos casos, vídeos curtos ainda são a melhor opção. Eles são mais fáceis de consumir, compartilhar e engajar. Plataformas como o TikTok e o Instagram Reels são prova disso, com bilhões de visualizações diárias em conteúdos de menos de 60 segundos.

 

No entanto, quando o assunto exige profundidade e o público está disposto a consumir informações detalhadas, o vídeo longo pode ser uma ferramenta poderosa. A chave é saber quando e como usá-lo. Mais uma coisa que ajuda e muito, vídeo com legenda e sempre na posição vertical.

 

Contrapontos e Reflexões

 

É válido mencionar que nem todos os especialistas concordam com essa visão. Alguns argumentam que, em um mundo de atenção fragmentada, investir em conteúdos longos é arriscado e pouco eficiente. Um estudo da Sprout Social em 2022 mostrou que 65% dos usuários preferem conteúdos curtos e diretos, especialmente em plataformas como Twitter e Instagram.

 

Além disso, a inteligência artificial usada pelas redes sociais está cada vez mais focada em personalização. Isso significa que, mesmo que um vídeo longo seja relevante, ele pode não alcançar o público certo se o algoritmo não identificar um interesse prévio no tema.

 

Equilíbrio e Estratégia

 

Em resumo, a mensagem longa funciona, mas não é uma solução universal. Ela deve ser usada com estratégia, considerando o público-alvo, a plataforma e o momento certo. Vídeos curtos continuam sendo a melhor opção para engajamento rápido, mas quando o conteúdo é relevante e o porta-voz é convincente, um vídeo longo pode gerar um impacto profundo e duradouro.

 

Como consultor político e especialista em marketing eleitoral, recomendo que políticos e marcas invistam em uma abordagem equilibrada, combinando conteúdos curtos para engajamento inicial e conteúdos longos para aprofundar a conexão com o público. Afinal, nas redes sociais, como na política, a chave do sucesso está em saber adaptar a mensagem ao contexto e ao público.

 

Cláudio Cordeiro é consultor político, especialista em marketing eleitoral e CEO da Agência Gonçalves Cordeiro. Jornalista e Advogado. Com mais de 30 anos de experiência, já auxiliou inúmeros candidatos e marcas a conquistarem seu espaço no cenário digital.



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Música beneficia saúde do corpo e da mente

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*Por Manoel Izidoro

A música é uma das formas de arte mais antigas e universais de expressão, capaz de despertar emoções, melhorar o humor e até contribuir para a saúde física e mental. Estudos científicos têm demonstrado que ouvir ou praticar música pode trazer inúmeros benefícios para o bem-estar geral.

Dentre as vantagens que ela traz para a mente está a redução do estresse e ansiedade. A música tem um efeito direto no sistema nervoso, ajudando a reduzir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse. Sons suaves e melodias relaxantes podem induzir ao estado de calma, sendo eficazes no combate à ansiedade e ao estresse diário.

Já as músicas animadas e harmoniosas estimulam a produção de dopamina e serotonina, neurotransmissores associados ao prazer e bem-estar. O que promove a sensação de felicidade e auxilia no combate aos sintomas de depressão.

Ouvir e praticar música fortalece conexões neurais e estimula áreas do cérebro ligadas à memória e aprendizado. Situação, especialmente benéfica para idosos, auxiliando na prevenção de demências como o Alzheimer.

Estudos mostram que as músicas clássicas ou instrumentais podem melhorar a concentração e estimular a criatividade, tornando-se aliadas no ambiente de estudo e trabalho.

A música também influencia positivamente a saúde física. Pesquisas identificaram que as canções relaxantes contribuem para a redução da pressão arterial e frequência cardíaca, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares.

Outro importante benefício propiciado pela música é a melhoria da qualidade do sono. Escutar músicas tranquilas antes de dormir leva ao relaxamento profundo, reduzindo assim a insônia.

A música ainda pode atuar como um analgésico natural, ajudando na liberação de endorfinas, o que causa menor percepção da dor em pacientes com doenças crônicas ou em recuperação de cirurgias.

O estímulo para a prática de atividades físicas é outra benesse que os acordes trazem. Músicas animadas aumentam a motivação para a realização de exercícios físicos, tornando treinos mais eficientes e prazerosos.

Em resumo, a música é uma poderosa aliada para a saúde física e mental, incorporá-la no dia a dia pode trazer bem-estar e qualidade de vida.

* Manoel Izidoro é professor e proprietário da Escola de Música IGC de Cuiabá.



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