Cidades
Várzea-grandense de 107 anos faz exames oftalmológicos pelo ‘Fila Zero’
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Ninguém sabe da história de vida de dona Paula. Ela vivia em um abrigo que foi interditado. Deixou de ser negligenciada e agora recebe todos os cuidados que necessita e merece. “Ela adora viver”
Envelhecer é uma conquista, mas chegar aos 108 anos é um privilégio para poucos e, a várzea-grandense Paula Vitorina de Campos, está prestes a alcançar essa marca. Ela é uma das idosas encontradas no abrigo interditado no Município, após fiscalização da Vigilância Sanitária, Conselho Municipal do Idoso, Secretaria de Assistência Social e Guarda Municipal, no último dia 7 de março.
Aos cuidados de um lar de acolhimento no Município, a idosa está recebendo vários cuidados, e em um levantamento feito no Cartão do SUS, foi observada a solicitação de exames oftalmológicos registrados há sete anos. “A partir desta informação a secretária de Saúde, Deisi Bocalon, nos pediu que fossem agendados todos os exames médicos solicitados e, que ainda não foram realizados, para a senhora Paula Vitorina. Para hoje agendamos exames oftalmológicos no Centro Mato-grossense de Oftalmologia”, informou a técnica de regulação Mariely Patrícia Monteiro.
A centenária chegou à clínica às 8h e foi prontamente atendida pelo Dr. Rodrigo Nakagawa, que observou as condições oculares da paciente, bem como um ultrassom dos olhos para poder avaliar com mais precisão as condições da idosa. “Vamos estudar e avaliar de forma criteriosa o caso dela por seu uma paciente com idade bastante avançada. Só depois dessa avaliação vamos ver qual o procedimento iremos adotar”, informou o especialista.
A secretária de Saúde, Deisi Bocalon, acompanhou a consulta de dona Paula Vitorina e se sentiu comovida com a situação vivida pela idosa. “Fico extremamente realizada em fazer parte dessa história. Uma senhora de 107 anos que está há sete aguardava por um procedimento na fila de regulação, e, agora, graças à sensibilidade da prefeita Flávia Moretti, em aderir ao programa do governo do Estado – Fila Zero -, pessoas como a dona Paula estão sendo assistidas dignamente”.
CUIDADORA – Ana Vitória é cuidadora e está acompanhando a idosa. Ela conta que ficou emocionada com a sua história de vida e que já se afeiçoou à senhora. “Ela mesmo sem enxergar muita coisa consegue saber quem está para o seu cuidado. Ela é uma senhora muito fofa, mas carente também. Mesmo com mais de cem anos, ela lembra de ter cuidado de crianças, mas não sabemos se eram filhos dela, ou se eram crianças que ela cuidava. Ela é muito tranquila, mas às vezes fica zangada também”.
A cuidadora disse ainda que começou a pensar muito na vida, depois de ter conhecido a idosa Paula Vitorino. “Quando a gente a vê falando com tanto prazer da vida, a gente pensa que não se pode reclamar de tudo, mas ficamos também pensativos no que aconteceu de fato para ela chegar onde chegou. Quem são os seus parentes, se tem filhos, e como foi parar num abrigo. Mas o que mais me impressiona é ver que apesar de tudo, ela adora viver”.
Além do exame oftalmológico, a idosa tem agendado ainda pela Regulação os exames: de Ressonância Magnética do Crânio, exames laboratoriais, exame para investigar Tuberculose PPD, consulta geriátrica e cardiologista para risco cirúrgico.

Cidades
Profissional de saúde é agredido em USF de Cuiabá “Tapa na cara e palavrões“, veja vídeo

DA REDAÇÃO
Um servidor da Unidade de Saúde da Família (USF) Parque Atalaia, em Cuiabá, usou as redes sociais nesta terça-feira (15.04) para relatar uma agressão sofrida dentro da própria unidade de saúde — e transformar o episódio em um alerta sobre as condições de trabalho dos profissionais da rede pública. Thiago, responsável pela USF, levou um tapa no rosto de um paciente após tentar intermediar uma discussão. O caso, registrado em boletim de ocorrência e com exame de corpo de delito, virou símbolo do que ele chama de “colapso silencioso” da saúde municipal: desgaste crônico, violência e abandono institucional.
O incidente: “Um tapa que doeu na alma”
O conflito começou quando um paciente, com consulta agendada, exigiu na recepção resultados de exames que não haviam sido solicitados corretamente. Irritado, ele passou a gritar com a médica e a recepcionista. Thiago interveio para acalmar a situação, mas foi recebido com xingamentos. Mesmo após providenciar a solução do problema, o servidor teve os papéis dos exames jogados contra si e, ao se abaixar para pegá-los, levou uma bofetada no rosto.
“Não foi uma dor física. Foi o símbolo de tudo o que estamos passando: humilhação, esgotamento e invisibilidade”, escreveu ele no desabafo. “A gente dá mais do que deveria. Usa carro próprio, tira dinheiro do bolso para garantir um mínimo de dignidade no serviço. E ainda assim somos tratados com desprezo.”
Crise estrutural: cortes, sobrecarga e saúde mental negligenciada
O relato escancara uma realidade recorrente nas unidades de Cuiabá: a violência contra profissionais de saúde e o adoecimento psíquico da categoria. Thiago destacou que muitos colegas estão “no limite”, com afastamentos por depressão, ansiedade e burnout se tornando frequentes. “A saúde mental do trabalhador está sendo negligenciada. Muitos estão se afastando, e quem fica acumula funções”, afirmou.
Além da falta de pessoal — agravada por cortes nos últimos anos —, ele critica a ausência de políticas públicas de proteção aos servidores e a precariedade das estruturas, que obrigam os profissionais a “improvisar soluções com recursos próprios”.
O que diz a lei?
A agressão a profissional de saúde no exercício da função é crime previsto no Art. 200-A do Código Penal, com pena de 2 a 5 anos de prisão.
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