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Secretária apresenta ações de regularização fundiária em audiência

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A Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal de Habitação e Regularização Fundiária, apresentou nesta segunda-feira (24), em audiência pública na Câmara Municipal, os desafios e ações da gestão do prefeito Abilio Brunini para a regularização fundiária em diversos bairros da Capital.

A secretária de Habitação e Regularização Fundiária, Michelle Dreher, destacou que todos podem pedir o processo de REURB, basta fazer um requerimento na Secretaria de Habitação, onde há modelos prontos para preenchimento.

“Embora a gestão tenha iniciado há três meses, esta é a 5ª audiência pública sobre o tema, que participamos. Já começamos o mapeamento dos bairros irregulares e estamos elaborando um plano para definir quantos conseguimos regularizar mensalmente”, afirmou Dreher.

Requerida pela vereadora Baixinha Giraldelli, essa audiência abordou as dificuldades geradas pela divergência entre a legislação municipal e a federal no processo de regularização fundiária. Dreher explicou que a Prefeitura de Cuiabá está preparando um projeto de lei para enviar à Câmara Municipal, visando simplificar o processo, especialmente para áreas de preservação permanente e ocupações em áreas verdes.

“A Lei Federal 13.465, criada para facilitar a regularização fundiária de núcleos urbanos informais já consolidados, foi dificultada pela Lei Complementar Municipal 523 de 2023, especificamente a regularização de imóveis em áreas de APP e ocupações em áreas verdes. Estamos trabalhando com a promotora Maria Fernanda para alterar a Lei Municipal, permitindo a aplicação da Lei Federal, desde que haja um estudo técnico que comprove a viabilidade do processo”, explicou Dreher.

A vereadora Baixinha Giraldelli apontou a situação na região sul de Cuiabá, onde muitos bairros enfrentam a falta de escritura e seu direito a moradia, com áreas invadidas e lotes irregulares. Ela também cobrou uma solução para a Rua 25, próxima ao bairro Sonho Meu, onde casas foram construídas perto de um córrego, e o loteamento São Paulo, onde, segundo ela, os moradores pagam IPTU elevado, mas não têm infraestrutura básica.

“Além disso, temos o bairro Vista da Chapada, que cresceu sem documentação e infraestrutura, e muitas pessoas não têm condições de pagar aluguel ou comprar uma casa própria. Eles vivem como ‘invisíveis’ na sociedade”, lamentou Giraldelli.

A audiência pública contou com a participação de moradores da região sul, especialmente aqueles da grande Pedra 90. Wiliam de Oliveira, morador do local, afirmou que a comunidade “luta” há anos para obter a escritura do imóvel. “Queremos apenas um documento que confirme que a casa é nossa”, declarou Oliveira.

O diretor de Regularização Fundiária e Urbana do Intermat, Erivelto Vieira, anunciou que os bairros Voluntário da Pátria e Vista da Chapada serão regularizados nos próximos 90 dias, com o Estado liderando a instalação da REURB e os procedimentos necessários para o registro. Ele também destacou que o governo estadual e a Prefeitura trabalharão juntos para resolver a questão da regularização fundiária em Cuiabá.

“Para o bairro Sonho Meu já existe uma parceria com o município. Com a gestão anterior, não havia essa conexão e o Estado precisou agir sozinho. Já está encaminhando a regularização para o cartório, mas a principal dificuldade está nas áreas de APP, devido à insegurança jurídica causada pela legislação municipal”, explicou Vieira.

Também participaram da audiência pública o secretário adjunto de Desenvolvimento Urbano, Josino Bisneto de Moura, o secretário de Defesa Civil, coronel Alessandro Borges Ferreira, e o diretor da Águas Cuiabá, Leonardo Menna.

#PraCegoVer

A foto mostra a secretária de Habitação e Regularização Fundiária, Michelle Dreher explanando na tribuna da Câmara de Cuiabá. Abaixo tem uma galeria de fotos com registro dos momentos da audiência pública.

Fonte: Prefeitura de Cuiabá – MT



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Profissional de saúde é agredido em USF de Cuiabá “Tapa na cara e palavrões“, veja vídeo

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DA REDAÇÃO

Um servidor da Unidade de Saúde da Família (USF) Parque Atalaia, em Cuiabá, usou as redes sociais nesta terça-feira (15.04) para relatar uma agressão sofrida dentro da própria unidade de saúde — e transformar o episódio em um alerta sobre as condições de trabalho dos profissionais da rede pública. Thiago, responsável pela USF, levou um tapa no rosto de um paciente após tentar intermediar uma discussão. O caso, registrado em boletim de ocorrência e com exame de corpo de delito, virou símbolo do que ele chama de “colapso silencioso” da saúde municipal: desgaste crônico, violência e abandono institucional.

O incidente: “Um tapa que doeu na alma”

O conflito começou quando um paciente, com consulta agendada, exigiu na recepção resultados de exames que não haviam sido solicitados corretamente. Irritado, ele passou a gritar com a médica e a recepcionista. Thiago interveio para acalmar a situação, mas foi recebido com xingamentos. Mesmo após providenciar a solução do problema, o servidor teve os papéis dos exames jogados contra si e, ao se abaixar para pegá-los, levou uma bofetada no rosto.

“Não foi uma dor física. Foi o símbolo de tudo o que estamos passando: humilhação, esgotamento e invisibilidade”, escreveu ele no desabafo. “A gente dá mais do que deveria. Usa carro próprio, tira dinheiro do bolso para garantir um mínimo de dignidade no serviço. E ainda assim somos tratados com desprezo.”

Crise estrutural: cortes, sobrecarga e saúde mental negligenciada

O relato escancara uma realidade recorrente nas unidades de Cuiabá: a violência contra profissionais de saúde e o adoecimento psíquico da categoria. Thiago destacou que muitos colegas estão “no limite”, com afastamentos por depressão, ansiedade e burnout se tornando frequentes. “A saúde mental do trabalhador está sendo negligenciada. Muitos estão se afastando, e quem fica acumula funções”, afirmou.

Além da falta de pessoal — agravada por cortes nos últimos anos —, ele critica a ausência de políticas públicas de proteção aos servidores e a precariedade das estruturas, que obrigam os profissionais a “improvisar soluções com recursos próprios”.

O que diz a lei?
A agressão a profissional de saúde no exercício da função é crime previsto no Art. 200-A do Código Penal, com pena de 2 a 5 anos de prisão.

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